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your eyes are not listening. my ears are not looking around.

pêipêaesse




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O FALAR É MUITO LIMITADO
demasiado

teocea

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nucuzachepranada

briouglia

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shame

hkjhhj

dpliolomateqerdo

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perduscunsomperduscunsomperduscunsomperduscunsomperduscunsomperduscunsom
perduscunsomperduscunsomperduscunsomperduscunsomperduscunsomperduscunsom
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preduchecónsomepreduchecónsomepreduchecónsomepreduchecónsomepreduchecónsome
preduchecónsomepreduchecónsomepreduchecónsomepreduzconsomepreduzconsome
preduzcosomeproduzconsomeproduzconsomeproduzconsomeproduzconsomeproduzconsome

usamos de forma errada os 5 sentidos.



podia desenvolver,
não me apetece.
podia justificar-me,
nao me apetece.
talvez quando nao tiver os cotovelos apoiados seja mais fácil.
sei que me vai apetecer!
é a tal questão do ver os sons e ouvir as cores...

ler em voz ALTA


lurz fórri
statu lil hass
nozalt to
nozalto to
ia onj ne va


vlela vió vqa
vqa sta vlá
vlela vió vqa
vqa sta ulá


poemas para amigos e para quem os queira.

 gosto de jogar as escondidas. mas só à noite e se for na rua nova. haverá diferença entre o não contar e o não ouvir? quando contamos uma coisa e alguém não toma atenção é o mesmo que nao termos contado? passam-me milhentas coisas pela cabeça enquanto vejo poucas letras a formarem pequenas palavras que constroem frases sem importância. tenho sempre alguma coisa, mais alguma coisa a dizer. gosto de falar quando as coisas me interessam. dou por mim maioritariamente a ouvir do que a falar. não me sinto pouco interessada. ouço mais do que o que falo. tenho coisas para dizer. calo-me porque acho que nao posso dizer o que quero a todos que me ouvem. nao gosto de perder tempo (ponto que levantará controvérsia, por parte de uma boca com um par de ouvidos) e falar as vezes torna-se uma grande perda de tempo. ouvir. estava a pensar se seria igualmente uma perda de tempo. não. ouvir é sempre positivo, nem que seja pela simples experiencia sonora. depois tem uma mais valia, a de podermos eventualmente aprender mais alguma coisa, ou ficar a saber se na próxima semana vai chover, fazer sol, se o vento vem de leste ou de norte. ouvir tira a vontade de falar. há muitas bocas por aí. algumas bocas deveriam abrir-se exclusivamente para serem lavadas. tudo o que é regra falha; há bocas que deveriam nunca se fechar e serem delicadamente ouvidas. são as bocas em vias de extinção. é tão ou mais importante saber não falar como dizer a palavra certa na hora certa. isso da palavra certa na hora certa, nao sei porque se usa essa expressão, mas nao me parece, de todo, racional. nao se pode jamais dizer tal coisa; tanto quem fala como quem ouve nao tem um conhecimento total do vocabulário existente. impulso. entusiasmo. ouvir é mais fantasioso, rapidamente posso pensar em diferentes tipos de repostas e/ou intervençoes. ouvir é cansativo, faz perceber como esgotado está o mundo, as pessoas, os cerebros das pessoas. eu nao perdi a lingua, mas ouço mais do que o que falo. as coisas boas e que valem pena dizer, são para poucas orelhas. o jogo das escondidas, é pela piada. 1, 2, 3, livra todos stop. é pelo correr a noite e escondermo-nos atras de árvores. viajar desperta os sentidos. formas diferentes de falar, formas diferentes de ouvir.



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video apresentado no festival praga 2009
feito em parceria com Catarina


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gg from miranda deli on Vimeo.

publicidade enganadora

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fiz este cartaz para combater o urso polar punk pós-modernista!

          brisas dadaístas

          tempestades prochenistas
          só vejo paleio
          só ouço silêncio

          não vou comentar hoje
          não vou comentar hoje!

          o tempo é bizarro.
           (e está tudo muito caro)

Five, Six, Pick Up Sticks


I like simple, practical, emotional, 

quiet, vigorous art. 

I like the simplicity of walking, 

the simplicity of stones. 

I like common materials, whatever is to hand, 

but especially stones. I like the idea that stones 

are what the world is made of. 

I like common means given the simple twist of art. 

I like sensibility without technique. 

I like the way the degree of visibility 

and accessibility of my art is controlled 

by circumstance, and also the degree to which 

it can be either public or private, 

possessed or not possessed. 

I like to use the symmetry of patterns between time, 

places and time, between distance and time, 

between stones and distance, between time and stones. 

I choose lines and circles because they 

do the job. 

My art is about working in the wide 

world, wherever, on the surface of the earth. 

My art has the themes of materials, ideas, 

movement, time. The beauty of objects, thoughts, places 

and actions. 

My work is about my senses, my instinct, my own scale 

and my own physical commitment. 

My work is real, not illusory or conceptual. 

It is about real stones, real time, real actions. 

My work in not urban, nor is it romantic. 

It is the laying down of modern ideas in 

the only practical places to take them. 

The natural world sustains the industrial world. 

I use the world as I find it. 

My art can be remote or very public, 

all the work and all the places being equal. 

My work is visible or invisible. It can be an 

object (to possess) or an idea carried out and equally 

shared by anyone who knows about it. 

My photographs are facts which bring the 

right accessibility to remote, lonely 

or otherwise unrecognisable works. Some sculptures 

are seen by few people, but can be known by many. 

My outdoor sculptures and walking locations 

are not subject to possession and ownership. I like the fact 

that roads and mountains are common, public land. 

My outdoor sculptures are places. 

The material and the idea are of the place; 

sculpture and place are one and the same. 

The place is as far as the eye can see from the 

sculpture. The place for a sculpture is found 

by walking. Some works are a succession 

of particular places along a walk, e.g. 

Milestones. In this work the walking, 

the places and the stones all have equal importance. 

My talent as an artist is to walk across 

a moor, or place a stone on the ground. 

My stones are like grains of sand in the 

space of the landscape. 

A true understanding of the land requires 

more than the building of objects. 

The sticks and stones I find on the land, 

I am the first to touch them. 

A walk expresses space and freedom 

and the knowledge of it can live 

in the imagination of anyone, and that 

is another space too. 

A walk is just one more layer, a mark, laid 

upon the thousands of other layers of human 

and geographic history on the surface of the 

land. Maps help to show this. 

A walk traces the surface of the land, 

it follows an idea, it follows the day 

and the night. 

A road is the site of many journeys. 

The place of a walk is there before the 

walk and after it. 

A pile of stones or a walk, both 

have equal physical reality, though 

the walk is invisible. Some of my 

stone works can be seen, but not 

recognised as art. 

The creation in my art is not in the common 

forms – circle, lines – I use, but the 

places I choose to put them in. 

Mountains and galleries are both 

in their own ways extreme, neutral, uncluttered; 

good places to work. 

A good work is the right in thing in the right 

place at the right time. A crossing place. 

Fording a river. Have a good look, sit down, take off boots 

and socks, tie socks on to rucksack, put on boots, wade 

across, sit down, empty boots, put on socks and boots. It’s 

a new walk again. 

I have in general been interested in using the 

landscape in different ways from 

traditional representation and the fixed view. 

Walking, ideas, statements and maps are some means to 

this end. 

I have tried to add something of my own view as an 

artist to the wonderful and undisputed traditions 

of walking, journeying and climbing. Thus, some 

of my walks have been formal (straight, 

circular) almost ritualised. The patterns of 

my walks are unique and original; they 

are not like following well-trodden routes 

taking travellers from one place to another. 

I have sometimes climbed around mountains 

instead of to the top. I have used riverbeds 

as footpaths. I have made walks about slowness, walks 

about stones and water. I have made walks within 

a place as opposed to a linear journey; 

walking without travelling. 

Words after the fact. 





Richard Long 

Five, six, pick up sticks 

Seven, eight, lay them straight [1980] 








          os pêssegos caíram

          e a arte floriu
          não fez sentido
          tudo se partiu

          ventos niilistas
          tudo levaram
          não te chegam sonhos?
          levanta o rabo

          um gofre de chocolate
          e um tiro na arte

          a culpa é nossa
          a culpa é vossa


(ainda agora começou e já me cansei)


and then he said...

ser-se engraçado não é suficiente.
e essa questão da boa companhia para pouco serve.
há que fazer mais, mais! ser-se mais.
depois ainda há aquela outra questão, a do esforço.
a facilidade varia de pessoa para pessoa, e como se não bastasse, varia ainda de entre pessoas para entre pessoas.

já não vinha ao meu quarto há quase duas semanas. só ainda parece meu porque continua caóticamente desarrumado. não gosto dele, não me vejo nele. a almofada é uma merda e nunca me dei ao trabalho de a mudar. não o quero tornar pessoal, porque não quero que seja meu. vou mudar-me, e já faltou mais! ontem recebi uma mensagem que dizia ''a nossa sala cheira aquele odor não identificado que sentimos sempre que chegamos a casa!'' e ainda nem referi o sofá.

não quer dizer que não me esforce. à minha maneira acho que sim. mas lá está, dizem-me sempre que posso fazer mais ainda, mais e melhor. e o pior: eu sei que posso. não me esforço (ao máximo?).

costumo emaranhar os pensamentos e só me apercebo quando dou por mim a perguntar-me 'como é que cheguei até aqui?' e faço rewind no pensamento até me lembrar do ponto inicial.
depois claro, confundo as coisas. mas não consigo controlar.
não há uma única vez que pense no quintal da minha avó e o meu pensamento viaje até hong kong.
a minha tia, quando eu era pequena, costumava dizer-me que o nosso cérebro está cheio de gavetinhas e tudo o que tínhamos de fazer, à medida que íamos aprendendo, era guardar cada coisa na sua gaveta. depois, era só abrir a gaveta que queríamos conforme o que andávamos à procura. não estou a dizer que é complicado.
eu sempre fui desarrumada. e tenho o vício de não deitar nada fora.

se em vez de ter tudo pelo chão guardasse as calças numa gaveta, as camisolas noutra, as t-shirts noutra e, acima de tudo, se conseguisse manter isso, acho que me tornaria numa pessoa melhor.


i'm digging for fire.




(veja-se a imagem em itálico)

óh, p'ra ti,
gostas é de
publicidade, não é?

(há de valer a pena)


apagar parte do pensamento, como que arrancar de nós vivências que tivemos.
gostava de ter uma câmara nos meu olhos, ver em velhinha tudo o que vivi. 
tenho uma vontade incontrolável de guardar todos os cheiros, e sensações, e imagens, tudo.

lighter?




há uma série de coisas em que tenho de pensar.
pergunto-me como se pode ser tão distraído (leia-se não reparar nas coisas).
os feixes de luz e as sombras são alvo da incrivél falta de observação das pessoas.

vou aborrecer-me.






                      os mosquitos aparecem da parte da tarde.
Há dias em que mais vale estarmos calados; ainda que a garganta esteja a revoltar-se, tosse.